quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Quem ri vive + e melhor!


Segunda-feira, 7 da manhã e a ensurdecedora gritaria do despertador avisa o início da rotina. Aulas, lições, trabalhos, amigos – e inimigos. Eis que, um transeunte lhe abre um belo sorriso e diz: “Bom dia”. Você é do tipo que retribui a demonstração de bons modos ou retruca: “Bom dia por quê?”?. Se você respondeu a segunda opção, mas logo depois se recobrou e começou a conversar e rir, está salvo. Mas, se além do mau humor matinal, você prolonga a cara amarrada para o resto do dia, tome cuidado, mau humor faz mal à saúde.

O mau humor é normal pela manhã, pois não estamos acostumados com os ruídos, às vezes não tivemos uma noite tranqüila de sono, pensamos no dia estressante que vem pela frente. Mas, se prolongado, pode ser até considerado doença.

O pessimismo é outro fator que atrapalha a vida das pessoas, segundo pesquisa norte americana. Foi constatado que o risco de morte era 19% maior entre os pessimistas. Uma relação que se pode estabelecer nesse caso é que os pessimistas são mais propensos à depressão, enquanto os otimistas acreditam mais em medidas preventivas e no controle de doenças.
A medicina tem estudado a importância do bom humor e dos sentimentos positivos na prevenção de doenças e até mesmo como fator de recuperação de pessoas vitimadas por moléstias graves.

Os vilões

As mágoas e as tristezas têm uma relação direta com nosso sistema imunológico, e abaixam nossas defesas a ponto de provocar doenças como enfartos e derrames. Ou seja, estresse e mau humor são inimigos do peito. Além do mais, uma pessoa otimista, que gosta de viver, não fará nada para prejudicar sua saúde.

A hostilidade e a raiva, em excesso e com freqüência, são prejudiciais à saúde. Os especialistas explicam que essas reações liberam hormônios, que já existem no organismo em níveis aceitáveis, e que em excesso prejudicam o funcionamento do coração.

Quando uma pessoa está triste, em depressão, pode apresentar sintomas como dor no peito, cansaço e fadiga, que são muito parecidos com o de uma doença cardíaca. É preciso saber o que se passa com o corpo, para não morrer, literalmente, de raiva.

E se o mau humor é doença, tome cuidado, pois é contagioso. Preste atenção como é difícil manter um alto astral perto de alguém mal humorado. A pessoa sempre vai var defeito em tudo, nada está bom, e então, a patologia passa a ser social.

É interessante notar que o nosso humor fica estampado em nós. Ele se reflete em nossa postura, nas nossas expressões faciais. Antes mesmo de conversarmos com alguém, verbalizarmos nossos problemas, o que sentimos, pensamos, e esses conteúdos são notados através de nossos comportamentos não verbais. Isso acaba interferindo nas nossas relações e na imagem que as pessoas tem de nós. E quem é que gosta de ter a fama de mal humorado?

Os mocinhos

Rir é comprovadamente o melhor remédio. Pessoas bem humoradas e otimistas vivem mais e com saúde. Segundo Leila Navarro, autora do livro Talento para ser feliz, “quem não ri não pensa, não cria, não ousa, não vive”. Ela explica que quando rimos fazemos uma micromassagem em todas as células do nosso corpo.

Pesquisas recentes demonstram que rir pode ter o mesmo efeito de uma sessão de ginástica, pois protege o coração, fortalece o sistema imunológico, facilita a digestão e limpa os pulmões.

Uma outra vantagem de rir é reduzir a liberação de hormônios associados ao estresse como o cortisol e a adrenalina.

Histórias da felicidade
A risada é considerada um ótimo remédio mesmo antes de Cristo. Na Grécia antiga, a cidade de Atenas abrigava o Santuário de Asclépio, um centro em que se misturavam arte, filosofia e medicina. O tratamento era feito com espetáculos musicais, peças de teatro e à casa de comediantes, onde os doentes riam e se curavam.

No século XVI, era comum os médicos “receitarem” ler ou ouvir histórias engraçadas. A alegria, defendiam os sábios da época, dilatava e aquecia o organismo, enquanto a tristeza contraía e esfriava o corpo.

No século XX, o americano Norman Cousins, no seu livro Anatomia de uma doença, conta como se curou de uma moléstia grave assistindo seriados cômicos pela televisão. Portador de uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral, médicos lhe deram poucos meses de vida. Depois de um tempo no hospital, ele se deu alta, contratou uma enfermeira e foi morar num hotel. Lá, quase paralisado, recebia visitas de amigos e via comédias na televisão. As risadas e o bom humor lhe garantiram uma sobrevida de 15 anos.

FONTE: http://www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/alegria/sorria/bom_hum.htm