terça-feira, 1 de novembro de 2011

Fisioterapeutas: animem-se!

Piso salarial de R$ 4.650, para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, ganha fôlego!

Projeto de Lei é aprovado pela primeira comissão e segue para apreciação das demais.

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou no dia 19 de outubro a proposta que aumenta para R$ 4.650,00 o piso salarial dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
O Projeto de Lei 5979/09 é de autoria do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO) e prevê o reajuste a partir do momento da publicação da lei e também a cada ano, de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O projeto está vinculado à Lei nº 8.856/1994 que define a jornada de trabalho dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais em 30 horas semanais.

O também deputado federal Dr. Paulo César (PR-RJ) explicou a importância do projeto em entrevista para a revista do CrefitoSP. “Justifica-se uma remuneração condigna, entre outros fatores, pela complexidade e grande responsabilidade das atividades que exercem”, disse na época. Além de defender a valorização salarial, Dr. Paulo César ressalta a importância da presença dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais em equipes multidisciplinares de saúde.

Trajeto a ser percorrido

O Projeto de Lei 5979/09 tramita de forma conclusiva, ou seja, não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo (essa situação é válida somente se o projeto for aprovado por unanimidade pelas comissões, caso contrário o projeto precisará ser apreciado pelo Plenário). As comissões pendentes são: Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Comissão de Finanças e Tributação; e Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

domingo, 30 de outubro de 2011

Saia do meu pé!


Como lidar com tagarelas, multidões, cheiros ruins e outros percalços do universo da corrida


Por Jen Miller / Foto John Ueland

Não é um privilégio das pistas: há gente chata, mal-educada e até meio fedidinha em qualquer ambiente. Resta a você fazer o possível para que essas pessoas não interfiram no seu treino. Como atleta, seu foco deve ser distância, velocidade, respiração (a sua) e não o cara da esteira ao lado, berrando ao telefone ou exalando maus odores. Então veja a seguir como se livrar de situações que costumam ser irritantes e recuperar sua tranquilidade.

Problema - Tagarelas

Corredores se dividem entre gatos e cachorros, segundo Adam Krajchir, técnico principal da equipe juvenil do grupo New York Road Runners (o maior de Nova York). Os "corredores gatos" só querem ser deixados em paz, sozinhos, para conseguirem treinar. Já os atletas do tipo cachorro são mais sociáveis. Você pode ser gato ou cachorro em qualquer dia, mas nunca é legal ser um gato e ficar preso no mundo dos cachorros (especialmente se você está na esteira). O paulistano Márcio Paulielo perde a paciência com os tagarelas nas provas. "O que me irrita são aqueles engraçadinhos que vão só para fazer bagunça e barulho. Somos amadores, mas, em uma prova, sempre tentamos nos concentrar, encontrar o ritmo. Isso me atrapalha bastante. Levo a sério e podem rir, mas eu me sinto um corredor de elite, pois só quem termina uma prova correndo e inteiro sabe o que é felicidade total!", diz.

Solução - Tome uma atitude

Se você estiver na academia, os fones de ouvido são sua primeira linha de defesa, mesmo que você não esteja ouvindo música. “Nas ruas, tente se concentrar em sua postura ou no objetivo do treino”, diz o técnico de corrida de resistência Brendan Cournane. Você também pode usar essa ocasião a seu favor, fazendo um treino intervalado, que deve afastar os falastrões. Outra opção, se você estiver na esteira, é simplesmente pedir para não ser incomodado. (Veja como em “Silêncio, por favor!”, mais abaixo).


Problema - Chatos

Os corredores deparam com frases infames, como "Corra, Forrest, corra!" (sim, mesmo 17 anos depois de o jovem Forrest Gump ter corrido pelas telas do cinema) ou até provocações e gestos no mínimo indelicados de motoristas que se recusam a ceder 1 milímetro de espaço. Às vezes, as atletas são assediadas descaradamente. Tom Raymond, corredor de Nova York (EUA), afirma "ouvir alguns comentários sobre meus shorts" toda vez que os usa em seus longões. "Há uma relação entre o comprimento dos meus shorts de corrida e as chances de eu ser incomodado", afirma Tom. Ele lembra que certa vez foi molhado por um jato de água disparado por uma arma de brinquedo, vindo de uma van que estava passando por ele. Embora Tom sempre se assuste com as buzinadas e gritos que recebe, ele geralmente ignora os comentários grosseiros, mas admite: “Gritei algumas palavras escolhidas a dedo para o cara da van”. O vestuário também afeta o nível dos treinos de Juliana Prato, de Porto Alegre. "No verão escuto mais, pois uso menos roupa que no inverno. Os tarados se lavam no vocabulário. Por isso nunca esqueço meus fones de ouvido!", afirma.

Solução - Dê a volta por cima

Em vez de aceitar a provocação e gritar de volta, use a grosseria alheia a seu favor. "Use as coisas negativas para dar a volta por cima", afirma Adam Krajchir. Pense que você está fazendo uma coisa que eles não querem ou não conseguem fazer. E talvez seja isso que esteja deixando esses motoristas ou transeuntes irritados.


Problema - Blocos de corredores

A convivência com o trânsito (de carros) faz parte da rotina de quem mora em uma grande cidade. Mas ter que aguentar isso em uma prova de corrida não está nos planos de quem treina pesado. Especialmente em provas com percurso em ruas estreitas, ter o caminho bloqueado por grupos de corredores (ou caminhantes) que, juntos, formam fileiras de três ou mais atletas acaba com a energia (e o planejamento) de qualquer um. "Os paredões feitos pelos amigos que vão conversando como se estivessem passeando no shopping atrapalham quem quer passar", afirma a carioca Débora Seefelder. "O que me incomoda são aqueles corredores que correm em bloco e ainda em ritmo devagar", diz Viviane Côrrea, de Osasco (SP).

Solução - Verbalize

"A maioria dos corredores tem consideração pelos atletas que estão vindo de trás e que, ao se aproximarem, dizem 'estou passando!'", explica o técnico Brendan Cournane. Contudo, se eles não derem atenção a isso, mude a tática. "Eu me aproximo do grupo, vindo de trás dele, e, quando estou bem perto, pergunto: 'Tudo bem aí na corrida?' Geralmente, o grupo se volta em minha direção para ver quem está falando e, com isso, abre-se uma brecha pela qual eu consigo escapar", diz ele. Adam Krajchir também sugere que todo corredor pesquise antes de se inscrever em uma prova. "Se sua meta é o recorde pessoal, escolha competições em que você sabe que terá espaço para correr", diz. Porém, se você optar por uma corrida com 10 000 atletas, corra para se divertir, senão ficará frustrado.


Problema - Odores corporais

É claro que as pessoas transpiram quando correm, acontece com todo mundo. Mas alguns corredores emitem cheiros piores que outros, principalmente se tiverem se entupido de alimentos cheios de alho, se estiverem tentando parar de fumar — já que o odor do tabaco leva muitas semanas para sair do corpo — ou usando uma roupa de treino que não tenha sido lavada. "Cheiro de pizza de calabresa logo cedo é triste!", afirma Renato de Toledo Machado, de Guarulhos (SP).

Solução - Tenha tato ou uma tática

Caso a pessoa frequente a academia no mesmo horário que você ou faça parte do seu grupo de corrida, você tem duas alternativas. A primeira seria fazer algum comentário sutil sobre um “cheio ruim” que paira no ar. Se tato não for o seu forte, a melhor coisa a fazer é se afastar ou até alterar seus horários. Nem cogita mudar seus hábitos? Krajchir sugere uma medida paliativa: vencer o fedor aplicando um pouco de gel para massagem de menta embaixo do nariz, antes de correr. Protetor labial com essência também vale.


Problema - Fraqueza interior

A moradora de New Jersey (EUA) Amber Forbes batalha com seus monólogos interiores quando corre, constantemente. "Eu tento não pensar no fato de que estou me arrastando ou que minha canela está doendo", diz Amber. "Às vezes, eu percebo que estou tentando me convencer a continuar correndo."

 
Solução – Encontre seu mantra

"Perceba que é você quem controla seus pensamentos e não o contrário", diz Laura Hayden, presidente do clube de corrida Greater Boston Track Club, nos Estados Unidos. Experimente criar um "botão de bloqueio do pensamento", ou seja, uma frase que você vai repetir quando seu cérebro começar a querer se intrometer na sua corrida (para Laura, essa frase é "dá um tempo"). Depois dessa frase, passe imediatamente para um mantra, como "assuma o controle". "O mantra tem que ser verdadeiro, positivo, visionário e precisa ter um verbo", diz Laura. E é preciso ser perseverante. Os treinos mentais podem ser tão importantes quanto os físicos para atingirmos nossos objetivos na corrida.

Esclerose múltipla e corrida

As pessoas portadoras de esclerose múltipla poderão fazer exercícios físicos desde que consultem seu neurologista para avaliar o seu déficit neurológico. Há pacientes cujas pernas são muito afetadas pela doença e não têm condições de correr. Outros, porém, têm a doença mais controlada e uma área do cérebro menos afetada e podem fazer esta atividade. Por isso,ela deve consultar um neurologista para saber se a corrida é indicada. Somente ele poderá dar recomendações adequadas.

Quanto à intensidade e ao volume, o melhor mesmo é treinar de 30 a 40 minutos, correr num ritmo confortável e evitar temperaturas muito elevadas ou locais muito abafados (como academias sem ventilador ou ar condicionado). Há portadores da doença que são muito sensíveis ao calor e podem até desmaiar caso corram num ambiente assim.  - Eneida Lobato, neurologista da Unifesp
 

Música!

A música da semana por Runner's World Brasil